Convocação

Luiz Felipe Scolari divulgará nesta terça-feira, às 11h40, a primeira lista para uma competição oficial como técnico da seleção brasileira desde a convocação para a Copa do Mundo de 2002. Diferentemente do que aconteceu antes do Pentacampeonato, o técnico está livre de um "fantasma", um astro esquecido, papel ocupado por Romário há 11 anos. Nada, por enquanto, leva a crer que a lista de Felipão irá provocar clamor popular por algum nome que ficará de fora.

Testados em amistosos por Scolari, Kaká e Ronaldinho são os únicos brasileiros em atividade que já levaram o prêmio de melhor do mundo da Fifa. O treinador já deixou claro que os dois disputam uma vaga e deu a entender até agora que o lugar será do camisa 10 do Atlético-MG.

Provável ausência, Kaká está longe de conseguir provocar muitas contestações da torcida por sua ausência. Com fraca atuação na última Copa, quando jogou descontado por conta de uma lesão no púbis, nunca mais reencontrou o futebol que o fez ídolo no Milan e camisa 10 da seleção. Há um ano vive a rotina de ser reserva no Real Madrid.

O cenário atual é bem diferente do vivido por Felipão no dia 6 de maio de 2002, quando leu a lista dos 23 jogadores que viajaram para a Ásia disputar a Copa. Na época, o técnico vivia a pressão para chamar Romário. O artilheiro, ainda em atividade, não se enquadrou no perfil linha-dura imposto pelo treinador. Ao deixar o "Baixinho" de fora, Felipão admitiu, na época, que se não vencesse o Mundial seria demitido.

"Ganhando ou perdendo, a escolha seria minha. Prefiro passar por bode expiatório e resolver com a dos outros a ser crucificado da mesma maneira. Não ganhou, está morto igual", disse em 2002, aos ser perguntado sobre a ausência.

No dia da não-convocação de Romário, um protesto chegou a ser organizado em frente ao hotel escolhido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Um grupo de evangélicos levaram faixas pedindo o atacante na Copa.